Amor & Caridade

Amor & Caridade

AMOR & CARIDADE

Dificuldades?
Nao perca tempo, lamuriando.Trabalhe.

Incompreensões???
Nao busque torná-las maiores, através de exigências e queixas. facilite o caminho
.
Tristezas? afaste-se de qualquer disposição ao desânimo.
André luiz-"Coragem"

terça-feira, 4 de outubro de 2011

trabalhos



Os sábados com as vós são sempre momentos especiais para todos ..
bjs
Moises

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Medicina reconhece obsessão espiritual

Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos - Medicina reconhece obsessão espiritual

Por Dr. Sérgio Felipe de Oliveira*

A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. 

No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: iológico, psicológico e espiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (HOJE OBRIGATÓRIA) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

*Dr. Sérgio Felipe é médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP.

O Filme dos Espíritos-Trailer

Filme dos Espíritos lança seu trailer oficial!

Com um minuto de duração, o trailer aborda a delicada questão do suicídio, e a descoberta de O Livro dos Espíritos em uma jornada de autoconhecimento e transformação. Distribuído pela Paris Filmes, tem atuação de Ana Rosa e Nelson Xavier. Assista e confira mais informações acessando http://mundomaiorfilmes.blogspot.com/

Fonte: FEB

sábado, 11 de junho de 2011

PAI,COMEÇA O COMEÇO!

Achei muito interessante esse texto que me reverteu à minha infância quando meu pai,mãe ou algum de meus irmãos mais velhos começavam o começo prá mim.

Não sei quem é o Nelson,mas abrigado pela recordação.


“PAI, COMEÇA O COMEÇO!”

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......

Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:

“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.

Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”.



Autor Nelson

Sem Dúvida 001

O Programa "Sem Dúvida" da TV Mundo Maior responde,através de expositores espíritas as mais diversas perguntas de populares sobre diversos temas.
Assista o programa nº 001 aqui e acesso os demais no youtube(http://www.youtube.com/watch?v=KAqG6t7jZ2A&feature=related).


segunda-feira, 6 de junho de 2011

"A coluna que (quase) ninguém lê."Bocão”

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Bocão

Hoje, para os nossos jovens, não estamos enviando uma mensagem psicografada por Chico Xavier e ditada pelos grandes Benfeitores que o acompanharam.

Hoje, estamos enviando aos nossos jovens um artigo de uma jornalista cujo nome é interessante que todos guardem, por trazer, em nome do amor, palavras que alertam, palavras que orientam, palavras que despertam...

Essa jornalista chama-se Eliane Brum e escreve na revista Época, na Editora Globo.

Abaixo, transcrevemos o seu artigo desta semana, realmente comovente.

Ah, a propósito: o nome do artigo é "A coluna que (quase) ninguém lê."

Por que será? Vamos ler para descobrir?

Abraço carinhoso, tenham todos uma semana abençoada.

Lori - Moderação

Lista Espírita André Luiz


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ELIANE BRUM
Jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo).
E-mail: elianebrum@uol.com.br
Twitter: @brumelianebrum

A coluna que (quase) ninguém lê

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI237071-15230,00-A%20COLUNA%20QUE%20QUASE%20NINGUEM%20LE.html

Bocão morreu. Tinha esse apelido por causa do sorriso largo, que dava vontade de rir com ele. Por que Bocão ria? Não sei. Por teimosia, talvez. Ou porque sabia que a expectativa de vida dele era de menos da metade da média dos brasileiros e já nascera com menos dias de riso. Bocão tinha ainda outros dois nomes: o do registro, Alexsandro Rocha da Silva, e o do rap ligado ao Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS (GAPA), MC Alex. Ele fugiu de casa aos 7 anos para morar nas ruas de Porto Alegre porque o padrasto batia na mãe. E ele bateu no padrasto. E o padrasto bateu nele. História comum entre as crianças e adolescentes das ruas do Brasil. Morreu neste final de maio de uma doença oportunista da AIDS, empurrado de um hospital a outro. Foi enterrado pelo pai que o procurava – e o encontrou.

Bocão viveu mais do que todos. Fez, como costumava dizer, “hora-extra na Terra”. Ele era o último protagonista de uma das histórias mais bonitas que testemunhei em minha vida de repórter, de gente. Em março de 1994, um grupo de guris de rua da capital gaúcha rodeou uma mulher que conheciam por causa do sopão dos pobres. Deirdre Bicca era o seu nome. Ela era professora de matemática. Aqueles meninos estropiados de frio, de fome, de tiro, de droga, de polícia, de HIV, a rodearam não para assaltá-la, como a maioria pode ter pensado. Eles pediram a ela algo pungente: pediram escola.

“A senhora pode dar aula para nós? A gente precisa de estudo para o nosso futuro.” Deirdre começou então a alfabetizá-los primeiro numa praça, depois na escadaria da Igreja das Dores, de onde foram expulsos. E ainda foram enxotados de muitos lugares até conseguirem ter aulas ao relento, no Parque da Redenção. Fora, sempre fora.

Formavam a Turma do Cachorrinho, assim batizados pela rua porque guardavam carros na praça onde também estacionava o cachorro-quente mais famoso da cidade, o cachorro-quente do Rosário. E Rosário é o nome de um tradicional colégio privado onde jamais entrariam. Aqueles meninos com olhos de velho realizaram uma das utopias mais belas e dolorosas deste país – uma escola que sobrevivia a eles. Em um ano em que os acompanhei, sete morreram antes dos 20 anos. Mas, para cada um que morria, eles botavam outro guri de rua no lugar. Para que a escola vivesse. Eles morriam, mas o sonho não. Bocão foi o último.

Mas o último dos primeiros. Uma década atrás, duas jornalistas (Clarinha Glock e Rosina Duarte) criaram com a Turma do Cachorrinho o jornal Boca de Rua. Pelo jornal, com suas mãos e mentes, os meninos se inscreveram na história. Agora não é mais a escola, mas o jornal que vive além deles. E é o bocão de Bocão que estampa o primeiro número – hoje histórico – do jornal. Como diz Rosina, Bocão trazia o nome do jornal no próprio nome.

Uma das muitas noites tristes da vida de Bocão aconteceu ao apanhar da polícia por arrombar um carro para dormir no banco de trás porque temia morrer de frio no inverno gaúcho. Em outra foi marcado por um corte de palmo e meio na barriga que levou seis meses para fechar. Um dos dias felizes da vida de Bocão aconteceu ao ser barrado em um dos principais centros culturais da cidade pelo segurança. Ele lá estava com os companheiros para exibir um filme sobre a experiência do jornal. O segurança perguntou diante de suas roupas de muitas mãos: “Quem são vocês?”. E Bocão não hesitou, apropriando-se do que havia se tornado: “Nós somos os autores”. E foi Bocão que, ao escolherem o título de um livro sobre as escrituras do povo de rua, disse, em um belo achado de linguagem: “Histórias de Mim”.

Quando morreu, uma assistente social comentou: “Ele não tinha nenhum documento. Parecia que nunca havia existido”. Ela estava enganada. Bocão existiu de várias maneiras. E seguirá existindo – porque a ideia que ajudou a construir vive. A morte o calou, mas o que escreveu segue falando pelo Boca de Rua. E seu sorriso está lá, nos lembrando que a vida quer viver.

Alguns podem ter estranhado o título desta coluna. A quem chegou até aqui – porque boa parte não chega –, quero explicar. Em mais de dois anos escrevendo neste espaço, comprovei que os textos menos lidos são aqueles sobre moradores de rua. No início, isso me chocava e me entristecia profundamente. Hoje, entendo que é lógico que, assim como a maioria finge não vê-los nas ruas concretas, também finge não vê-los em todas as camadas de mundo. Para mim, que não me pauto pela audiência, mas pela relevância, esta é uma excelente razão para continuar escrevendo sobre moradores de rua. Meus leitores podem não ler, mas vão ter de fazer a escolha de não ler. Porque aqui está visível. E será preciso assumir a decisão de fazer de conta que eles não existem. E que cada um de nós não tem nada a ver com a sua vida – e com a sua morte.

Quem quiser se conectar com a realidade na qual estamos todos implicados, mesmo quando fingimos que não estamos, pode acessar as colunas menos lidas de minha trajetória neste site: O homem sem país, Uma história de luz, A guria dos 7.

Quem sabe um dia mais gente comece a estranhar que alguns já nasçam com direito apenas a um terço da vida. MAIS...


CRÉDITOS:

Imagem recebida por e-mail, sem autoria.

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By passing on /republish, please keep the credits. Exclusively for non-commercial use.


 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

tudo passa


Todas as coisas, na Terra, passam...
Os dias de dificuldades passarão...
Passarão também os dias de amargura e solidão...
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar...
Um dia passarão.

A saudade do ser querido que está longe, passará.
Dias de tristeza...
Dias de felicidade...

São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante.

Elevemos o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará...

E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre. O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.

Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade, e que um dia também passará...

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro, porque essa é a sua destinação.

Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo...
“Também passarão...”

“Tudo passa... exceto DEUS!"

Deus é o suficiente!


(Emmanuel/ Francisco Cândido Xavier)

*

sábado, 21 de maio de 2011

Problemas de Entendimento - Richard Simonetti

Texto retirado do site do autor

Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
Diferenças culturais e educacionais geram problemas de comunicação.
O que nos parece óbvio e cristalino, pode parecer duvidoso ou nebuloso para outra pessoa ou vice-versa.
Constata-se isso nas rotinas do dia-a-dia, nos bancos escolares, na vida social e profissional, nas atividades religiosas…
Acontece particularmente no lar:
Se o marido diz que é preciso economizar, a cara-metade entende que a considera uma “metade cara”.
Se a esposa pede colaboração no cuidado da casa, o marido imagina que ela “não quer nada com a dureza”.
Outro exemplo está no pagamento de sinistros.
Sinistro é acidente, no jargão das companhias de seguro.
Para habilitarem-se ao ressarcimento dos prejuízos, os segurados fazem um histórico da ocorrência. Aqui surgem as complicações, porquanto algumas de suas alegações são decididamente extravagantes. Parecem textos humorísticos.
Alguns exemplos:
Eu estava com o veículo regularmente estacionado, quando um vagão de trem colidiu com meu carro.
Eu bati contra um carro parado que vinha em direção contrária.
A causa indireta do acidente foi um rapazinho, num carrinho pequeno, com uma boca enorme.
Eu disse à polícia que não estava machucado, mas quando tirei o chapéu, percebi que havia fraturado o crânio.
O pedestre não tinha idéia de onde ir; então eu o atropelei.
Eu vi um velho mole, de cara triste, quando ele caiu no teto do meu carro.
Eu vinha dirigindo há quarenta anos, quando dormi no volante e sofri o acidente.
De volta para casa eu entrei com o meu carro na casa errada e bati numa árvore que não é minha.
Eu estava a caminho do médico com um problema na traseira, quando minha junta universal caiu, causando o acidente.
Um carro invisível veio, não sei de onde, bateu no meu carro e desapareceu.
Na tentativa de matar uma mosca eu atropelei o cidadão.
Eu saí do acostamento, olhei para a cara da minha sogra e caí pela montanha abaixo.
Pobre sogra! Sempre envolvida em sinistros…
***
Os segurados que apresentaram essas “preciosidades” eram motoristas habilitados; portanto, alfabetizados. No entanto, experimentaram incontornável dificuldade para avaliar, definir e explicar com clareza e objetividade os acidentes em que se envolveram.
Se isso acontece em relação a fatos do dia-a-dia, que dizer de um princípio como a reencarnação, que envolve complexas experiências que se estendem ao longo dos milênios?
***
Algumas “preciosidades”:
Alguém explicava que os Espíritos compõem famílias espirituais, que se reúnem em experiências reencarnatórias.
Reclamou a senhora que vive às turras com o marido:
– O quê! Deverei suportar outra vez aquele traste?!
Não sabe que uma das finalidades principais do casamento é a harmonização das almas, impossível de ocorrer quando apenas “suportarmos” o cônjuge.
E o mal informado usurário, preocupado com seu patrimônio, imagina:
– A idéia é ótima! Reencarnarei como filho de meu filho e herdarei minha própria fortuna!
Mais provável que reencarne como neto da humilde faxineira, confinado na pobreza para vencer a usura.
***
Noutro dia me perguntaram:
– Como pode a reencarnação existir desde o aparecimento do Homem, se a Doutrina Espírita surgiu no século passado?
As pessoas não entendem que Espiritismo não inventou a Reencarnação.
Apenas a enuncia e explica, situando-a como lei divina que disciplina o progresso dos Espíritos, oferecendo-lhes experiências na carne, compatíveis com suas necessidades.
Há a clássica pergunta, que se constitui no surrado argumento usado por pessoas que negam a reencarnação:
– Se os Espíritos reencarnam sempre, num interminável ir e vir; se são sempre os mesmos, como explicar o crescimento da população terrestre?
Essa dúvida, aceitável no ignorante, é inconcebível nas pessoas que, pretendendo contestar os princípios espíritas, proclamam tê-los estudado.
Qualquer iniciante sabe que:
• A população de Espíritos desencarnados é bem maior que a dos encarnados.
• A criação de Espíritos é infinita.
• Há Espíritos imigrantes que vêm de outros planetas para experiências na Terra.
Esses fatores, somados, compatibilizam, tranqüilamente, a reencarnação com o crescimento populacional.
***
Uma pergunta curiosa:
– Não entendo como fui alguém que viveu outras vidas, em séculos passados! Não posso ser outra pessoa!
Essa dúvida exprime dificuldade em distinguir entre personalidade e individualidade.
Um ator, ao longo de sua vida, representa muitos papéis – é o homem, é a mulher; é o velho, o moço, o bandido, o mocinho, o rico, o pobre, o aluno, o professor, o pai de família, o filho problema… É, sobretudo, ele mesmo.
Vive múltiplas experiências, assume incontáveis personalidades, acumula conhecimentos, sem perder sua individualidade.
O mesmo acontece com o Espírito, no suceder das reencarnações.
Mudam os papéis, obviamente relacionados com o estágio evolutivo alcançado (o honesto jamais será um larápio; nem viciado o virtuoso, ou egoísta o altruísta) mas será sempre ele mesmo, com suas tendências e aptidões, a incorporar valores, amadurecendo, crescendo espiritualmente, em vivências que o conduzirão aos estágios mais altos de espiritualidade.
A partir desse entendimento, surge a indefectível dúvida:
Se é assim, se somos sempre o mesmo indivíduo, vivenciando sucessivas personalidades, por que esquecemos?
Não seria mais produtivo conservar a lembrança das vidas anteriores, principalmente quando sofremos as conseqüências de nossas faltas? Não seria mais fácil admitir que estamos pagando dívidas, guardando a lembrança delas?
São argumentos interessantes.
Parecem evidenciar que o esquecimento do passado não é razoável, nem proveitoso.
Na verdade, ocorre o contrário.
Em favor de nossa própria estabilidade, é indispensável que a reencarnação esteja contida em compartimento estanque; que vivamos cada uma isoladamente, sem consciência das anteriores, apenas acumulando experiências.
Uma atriz, reportando-se ao início de sua carreira, confessou que assimilava tão intensamente as personagens representadas no teatro, que estas acabavam exercendo forte influência sobre seus sentimentos, sua maneira de ser… Por longos anos submeteu-se a uma terapia especializada, aprendendo a separar a ficção da realidade.
Lembro-me de antigo filme que abordava esse problema. Dedicado ator teatral empenhava-se tanto em “vestir” a personagem que, literalmente, a incorporava, o que lhe causava sérios embaraços.
Certa feita interpretou um psicopata que estuprava e matava mulheres. Então aconteceu o pior: nas cidades onde a peça era encenada, crimes dessa natureza hedionda foram cometidos.
Era o ator a “encarnar” o cruel assassino.
Se a coexistência com simples personagem de ficção causa tamanho embaraço, imaginemos a confusão que haveria em nossa cabeça se conservássemos a consciência das múltiplas personalidades que incorporamos ao longo dos milênios!
Muitos doentes internados em hospitais psiquiátricos, tomados por doidos que julgam ser outra pessoa, apenas revivem personalidades anteriores, experimentando um embaralhamento de suas percepções, sentimentos e idéias.
***
Observe, leitor amigo, outro aspecto importante:
O Espírito não tem sexo como morfologia, conforme ocorre com o homem e a mulher, identificados por seus órgãos reprodutores. Apenas como psicologia, com características masculinas ou femininas predominantes.
Pode reencarnar como homem ou mulher, de conformidade com seus programas e necessidades. Se o sexo físico é oposto ao sexo psicológico predominante há uma polarização do componente psicológico “recessivo”, ajustando a morfologia à psicologia.
O problema do homossexualismo ocorre geralmente porque, em face de um problema cármico, o Espírito, ao trocar de sexo na reencarnação, não consegue esse acomodamento psicológico.
Sente-se homem em corpo de mulher e vice-versa.
Se esse problema existe em função apenas de uma reencarnação mal resolvida, muito mais grave seria se houvesse reminiscência plena do passado, envolvendo múltiplas vidas e alternâncias de sexo!
***
Imaginemos quantos problemas enfrentaríamos, particularmente na convivência familiar, se recordássemos o passado.
O pai admoesta severamente o filho de dez anos, que no pretérito foi seu genitor. O menino reage:
¬– Ó fedelho! Que falta de respeito? Não se atreva a levantar a voz para mim ou lhe darei umas boas palmadas!
Como conviver com desafetos do passado, que hoje estão ligados a nós pelos laços da consangüinidade?
Como reagiria a mãe, sabendo que seu filho que acalenta ao seio foi aquele bandido que a estuprou e matou numa vida passada? Ou foi o senhor de engenho que abusou dela, como escrava, e providenciou para que o filho gerado fosse afogado no rio ao nascer?
Experiências dessa natureza podem nos parecer inconcebíveis, mas ocorrem como recursos indispensáveis de perdão, reconciliação e harmonização. Serão repetidas e repetidas, interminavelmente, até aprendermos todos que somos irmãos!
***
Outros problemas que surgiriam sem o esquecimento:
Como conviveríamos com criminosos notórios?
Um Hitler, um Átila, um Stalin, ou um psicopata que violenta e assassina crianças?
Situados em penosos processos cármicos, seria muito difícil contarem com a compaixão dos homens, o que tornaria ainda mais problemática sua regeneração.
E como lidar com as reminiscências de males que praticamos, de vícios que cultivamos, de mágoas que alimentamos?
Quando comprometidos no vício, no erro, na delinqüência, que bom se pudéssemos esquecer e recomeçar!…
Um criminoso que sai da cadeia, certamente gostaria de ser outra pessoa, anônimo na multidão, sem que ninguém lhe identificasse o passado comprometedor.
O esquecimento é bênção de Deus!
***
Alegam seus detratores que a reencarnação destrói a família. Uns reencarnam, outros ficam no plano espiritual; há os que vinculam-se a outros grupos e os que seguem por outros caminhos…
Poderíamos dizer que verdadeiramente destruidora dos laços familiares seria a unicidade da existência, com o julgamento final das almas e seu confinamento definitivo em abismos infernais ou paragens celestiais.
Duas almas que seguissem caminhos diferentes, por maior fosse o amor que sentissem uma pela outra, estariam definitivamente separadas, como a mãe virtuosa no Céu, apartada do filho, pecador irremissivelmente segregado no Inferno.
Não há misericórdia nessa concepção, porquanto não se permite nem mesmo que a mãe socorra o filho.
Pior – ela será feliz no Céu, sem condoer-se do filho no Inferno?
E ainda que familiares fossem juntos para o Inferno, parte expressiva de sua pena estaria na impossibilidade de desfrutarem de qualquer contato, capaz de amenizar seus tormentos.
No Céu, em comunhão com Deus, o Espírito teria preenchido todas as suas aspirações e atendidas todas as suas necessidades, sem espaço para ligações afetivas.
Por isso nenhum tratado de teologia dogmática cogita da vida familiar além-túmulo, impossível no Inferno, dispensável no Céu.
Na reencarnação ocorre o contrário.
Em primeiro lugar, salvo exceções, estagiamos muito mais tempo no Plano Espiritual, a pátria comum, onde os Espíritos formam comunidades, atendendo à condição gregária que caracteriza os seres pensantes da Criação.
Encarnados ou desencarnados, fomos criados para a convivência social. Assim, fatalmente reencontraremos nossos familiares.
E aqueles com os quais temos afinidade estarão sempre conosco, acompanhando-nos na experiência humana ou situando-se na Espiritualidade como nossos protetores.
O amor entranhado que sentimos, geralmente, por nossos familiares não é fruto simplesmente das ligações consangüíneas ou de convivência efêmera nesta vida. Vem do passado distante, sedimentado por múltiplas experiências em comum, a caminho do amor fraterno, o amor perfeito preconizado e exemplificado por Jesus.
***
É importante formar uma consciência reencarnatória, a plena compreensão de que estamos em trânsito pela Terra, em jornada de aprendizado e reajuste.
É preciso valorizar essa abençoada bolsa de estudos que Deus nos concede no educandário terrestre, com os benefícios do esquecimento, a fim de superarmos paixões e fixações que precipitaram nossos fracassos no passado.
Do livro Espiritismo, uma Nova Era

Mediunidade Infantil

domingo, 8 de maio de 2011

Novos Títulos

Também estamos disponibilizando para venda os seguintes títulos literários:

BOA LEITURA!


Olá pessoal!

Comunico que já está disponível na locadora da casa o DVD do filme Nosso Lar.

Para quem não pôde assistir no cinema essa é a oportunidade esperada e para quem já assistiu, ASSISTA DE NOVO, sempre teremos um aprendizado diferente.


quarta-feira, 4 de maio de 2011

ESTUDOS

CAROS IRMÃOS!

AGORA NA PÁGINA "APOSTILAS DE ESTUDOS"

CLIQUE NO LINK

http://amigosdoamorecaridade.blogspot.com/p/apostilas-de-estudo_04.html

VOCÊ PODE CONTAR COM TODOS OS PROGRAMAS FUNDAMENTAIS EM FORMATO DE SLIDES,NÃO DEIXE DE BAIXAR E VISUALIZAR ESSES ARQUIVOS.

BOM ESTUDO!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

DIA DO ESPÍRITA.

Dia do espírita é comemorado em Uruguaiana

Em comemoração ao dia do espírita, a União Municipal Espírita de Uruguaiana, promove amanhã (16), no Parcão de Uruguaiana, um evento com apresentações artísticas, palavras do movimento espírita e mateada. As atividades começam a partir das 18h até as 21h, na concha acústica.

Conforme projeto lei aprovado pela Câmara de Vereadores de Uruguaiana em outubro de 2009, foi instituído no calendário oficial de Uruguaiana o Dia do Espírita, no dia 18 de abril, coincidindo com a comemoração do dia do espírita no Brasil.

Na próxima semana, de 18 a 22, acontece um ciclo de palestras nas casas espíritas da região.

Programação

Atividades no Parcão

Apresentações artísticas com grupos de canto da UME;

Apresentação de músicos de Uruguaiana;

Mensagens Espíritas em telão;

Palavra das lideranças do movimento Espírita;

Mostra de Livros;

Mateada

sexta-feira, 1 de abril de 2011

AS MÃES DE CHICO XAVIER

'As mães de Chico Xavier' resume filmes sobre o médium


Produção nacional chega aos cinemas nesta sexta-feira (1º). Nelson Xavier repete papel do filme de Daniel Filho.


Do G1

Da Reuters

'As mães de Chico Xavier', que chega aos cinemas de todo o Brasil, marca o encerramento do ano de centenário do nascimento do médium.

Cenas do filme 'Mães de Chico Xavier' (Foto: Divulgação/Divulgação)


Cenas do filme 'Mães de Chico Xavier': histórias de três mulheres convergem (Foto: Divulgação)


Esse longa, de certa maneira, faz uma síntese dos três filmes relacionados com Chico Xavier lançados nos últimos meses: 'Chico Xavier', a biografia assinada por Daniel Filho; 'Nosso lar', adaptação do livro homônimo; e 'As cartas psicografadas de Chico Xavier', documentário sobre comunicação entre vivos e mortos.

Ao centro de 'As mães de Chico Xavier' estão três mulheres com dilemas que envolvem a vida e o além.

Ruth (Via Negromonte, de 'Chico Xavier') é casada com Mário (Herson Capri), produtor de televisão, cujo filho, Raul (Daniel Dias) está envolvido com drogas. O casamento de Elisa (Vanessa Gerbelli, de 'Sem controle') está em crise, e ela deposita toda sua esperança no filho pequeno (Gabriel Pontes). E Lara (Tainá Muller, de 'Cão sem dono') descobre-se grávida de seu namorado (Gustavo Falcão), que ganhou uma bolsa de estudos na Espanha. Ela cogita fazer um aborto.

Cena do filme 'As mães de Chico Xavier' (Foto: Divulgação/Divulgação)


No longa-metragem, Nelson Xavier interpreta o médium novamente (Foto: Divulgação)


Histórias que convergem Como na estrutura dos filmes do diretor mexicano Alejandro González Iñárritu, as três histórias correm em paralelo até convergirem na figura do médium que, novamente, é interpretado por Nelson Xavier.

O roteiro, assinado por Emmanuel Nogueira e Glauber Filho, que também dirige o longa com Halder Gomes, é baseado no livro 'Por trás do véu de Ísis', do jornalista Marcel Souto Maior.

Caio Blat interpreta Karl, um repórter de televisão que é uma espécie de alterego de Souto Maior. Trabalhando com Mário, o rapaz é incumbido de entrevistar Chico Xavier, e comprovar a veracidade das cartas.

A entrevista virá em boa hora para juntar as três histórias. Há poucas dúvidas no personagem de Blat, que aceita as mensagens como verídicas e se impressiona com o médium. O elo entre as três tramas, mais do que o médium e a comunicação pós-morte, é a temática da maternidade.

Ruth acha que falhou ao criar seu filho. Artista plástica, tenta superar suas frustrações pintando quadros. Elisa se transforma em mãe em tempo integral. Negligenciada pelo marido (Joelson Medeiros), ela encontra no filho a única razão para passar os seus dias. Já Lara tem dúvidas se nasceu para ser mãe. Esse questionamento, aliás, rende a única boa cena do filme, envolvendo as duas personagens, já perto do final.

'As mães de Chico Xavier' é um filme de mensagens, uma espécie de propaganda nada sutil de doutrinas e julgamentos morais, como demonstra um letreiro final, que avisa: 'Esse filme é dedicado às vítimas do aborto provocado'.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Passe: Entrevista com Jacob Melo

Jacob Melo, palestrante espiritaEntrevista realizada no canal IRC Espiritismo.

IRC EspiritismoEm seu livro Passes e Radiações, Edgard Armond atribuiu diferentes tipos de passes para a conduta em centros espíritas. Como você vê essa divisão técnica dos passes?

Jacob Melo – Em princípio, preferimos as anotações de Kardec. Ele dividiu didaticamente o passe em três níveis: espiritual, humano e misto. Uma profusão de técnicas, sem o respaldo do Magnetismo, põe em dúvida algumas dessas técnicas. Assim, reconhecemos a validade de uma distinção de técnicas em função dos objetivos, desde que resguardados os cuidados pertinentes. A meu ver, Edgard Armond não apresentou em suas obras as justificativas que se fariam necessárias. Não digo que elas sejam desprovidas de valor prático, mas carecem de uma base de sustentação teórica, em termos de Magnetismo, e prática, em termos do que sugere Allan Kardec.

Só médiuns passistas podem aplicar o passe? É necessária uma aptidão especial ou um “não médium” pode aplicar também?

Em tese, qualquer pessoa pode aplicar passe. Tomando-se a divisão de Kardec, em alguns casos são necessários algumas aptidões e predisposições. No caso do Magnetismo ou passe humano, a pessoa deverá possuir disposição natural ou induzida de doação magnética. Para o caso do passe espiritual, há que se atender às necessidades morais. Portanto, não há necessidade de ser obrigatoriamente médium, mas há a necessidade de disposição de doação fluídica e de amor.

Qual é a necessidade de se aplicar passe deitado, se a pessoa não está debilitada?
O uso de uma maca ou cama deve estar relacionado a algum fator, seja esse fator de ordem de comodidade do passista ou de melhor conforto para o paciente. Havemos de convir que, quanto mais confortáveis estejam ambos, melhores condições terão para o sucesso da transmissão e recepção fluídica. Entretanto, os passes podem ser aplicados com os pacientes em pé, deitados, sentados, de frente, de costas etc.

Essa modalidade deve ser rotineiramente aplicada nos Centros Espíritas, como temos visto inclusive na sala de passe do Confrade?

Não é necessário que esta prática seja rotineira, nem mesmo a própria aplicação do passe. Este deve ser aplicado apenas e tão somente quando é constatada a necessidade dele. Só que, se eliminarmos os passes das casas espíritas, baseados nessa premissa, sem dúvida iremos cair num fator de complicação muito sério. Como sempre, o bom senso indica a melhor medida, a melhor ocasião e a melhor maneira.

Somos informados que os nossos fulcros energéticos ou chakras, quando em estado normal, giram numa determinada velocidade. Estando o corpo doente (em desequilíbrio), continuam os chakras com a mesma velocidade?

Não. Nem com a mesma intensidade, nem com a mesma regularidade. Daí a necessidade da ordenação dos campos vitais (chakras).

É certo afirmar que, ao aproximarmos mais as mãos do paciente, estamos doando energia excitante e, ao afastarmos, energia calmante?

Quase isso! Os passes próximos, em relação ao Magnetismo, tornam os efeitos fluídicos com características ativantes ou excitantes. Quando aplicados à distância do corpo do paciente, tornam-se calmantes. Portanto, não são energias excitantes ou calmantes e sim a percepção e o efeito delas.

Com relação a uma pessoa refratária ao passe de um médium – passe magnético, espiritual ou misto qual a conduta mais adequada do passista nesse momento?

Imaginemos o passista portador de Magnetismo Humano. Com técnicas dispersivas (movimentação rápida das mãos), ele atenua essas discrepâncias fluídicas. O ideal, contudo, é o passista aprender técnicas para entrar em “relação magnética” ou “contato magnético” com o paciente. No caso do passista espiritual, há uma necessidade evidente de maior poder de concentração e oração. Mesmo aí, as técnicas dispersivas também ajudam sobremaneira.

Quais os centros de forças e os plexos que mais atuam no passe? Até onde vai a importância deles no passe?

No caso do passista magnético, os centros vitais que mais “usinam” fluidos são o gástrico, o esplênico e o laríngeo. Apesar disso, os outros também atuam. A importância disso vai repercutir diretamente na qualidade e no refinamento dos fluidos em usinagem. Por exemplo, o entendimento do funcionamento desses centros vitais explicarão, sem quaisquer misticismos, as implicações decorrentes da ingestão de alimentos, medicamentos, drogas, uso e abuso do sexo etc. Nos pacientes, há a necessidade de se verificar os mais desarmonizados para se propiciar um melhor atendimento.

No passe, a pessoa que aplica obrigatoriamente tem que ser moralmente “superior” à pessoa que está recebendo? O passista pode se prejudicar em alguma situação?

A questão “superior” é subjetiva por si mesma. No caso do passe espiritual, há uma necessidade imperiosa de um equilíbrio moral e espiritual por parte do passista. No caso do Magnetismo, a própria vida nos demonstra que pessoas de moral duvidosa têm obtido resultados vulgarmente qualificados de milagrosos. Quanto à questão de um passista sofrer prejuízos, infelizmente pode, haja vista o número relativamente grande de passistas que chegam a lamentáveis casos de fadiga fluídica. Isso tanto se deve a excessos de doação magnética quanto à falta de técnicas e de desconhecimento sobre como se defender com as próprias técnicas.

Já ouvimos falar de diversas técnicas de passe, como passes transversais, rotatórios, perpendiculares, longitudinais. Gostaria de saber o que difere nessas técnicas, ou são todas iguais?

Há diferença entre elas sim. Por exemplo, os transversais e perpendiculares são, na sua maioria, dispersivos. Os rotatórios normalmente são concentradores e os longitudinais tanto podem ser dispersivos, concentradores, ativantes ou calmantes. Logo, há uma necessidade real de estudo para uma maior segurança do uso das técnicas.

Quando uma pessoa que não acredita nos efeitos do passe (por exemplo, materialista) é levada a tomá-lo, os efeitos são os mesmos ou a disposição prévia e boa vontade do receptor influi nos resultados?

Influi decisivamente. Isto não quer dizer que um descrente não possa ser beneficiado, só que esta não é a regra. Observemos que a própria ciência prova que o fato de acreditarmos mais em um médico do que noutro já potencializa ou diminui os efeitos do tratamento. O que não se esperar de uma transferência tão sutil quanto a fluídica veiculada através do passe?

Já se ouviu falar de casos de morte cerebral em uma regressão na transmissão do passe. Que restrições devem ser tomadas para transmiti-lo e por que ele é tantas vezes tão perigoso?

Vamos por partes. Primeiro, não conheço nenhum caso conforme o narrado. Depois, as imposições são, por si sós, concentradoras fluídicas. Como se aplica muita imposição sobre o coronário, o passista, sendo um doador de densos fluidos magnéticos, naturalmente saturará este centro de uma maneira desequilibrante e, daí, podem advir conseqüências constrangedoras. Para se evitar tais ocorrências é que se conta com os passes dispersivos. As restrições deverão ser vencidas através do conhecimento. Para tanto, cabe às diretorias das casas espíritas fazerem regularmente treinamentos e avaliações de seu quadro de passistas.

Se eu estiver pensando mentalmente em acalmar, a distância terá mesmo influência? Qual a distância das mãos para acalmar e para excitar?

Lamentavelmente, em termos de magnetismo humano, nossa indução mental nem sempre supera a influência fluídica. No GEAK, grupo ao qual estamos ligados em Natal, temos feito pesquisas nesta área há mais de sete anos e já temos muitas evidências de que a indução mental para se obter um resultado diferente do que o magnetismo ensina não tem sido positivo. As distâncias médias consideradas são um palmo do corpo do paciente (25 centímetros, em média). Daí, em direção ao corpo, são ativantes e, em se afastando do corpo, quanto mais distantes, mais calmantes.

Como controlar a quantidade de energia aplicada?

Só a prática determina. Se você ou o passista é doador de fluidos magnéticos e está se iniciando agora na prática, recomendamos um máximo de três aplicações por sessão e uma sessão por semana. A partir daí, observe-se para saber suas reações no dia imediatamente posterior à aplicação. Havendo cansaço ou sono, insônia, ressaca e indisposições gástricas, é provável ter havido um excesso de doação ou a falta de uma aplicação técnica mais correta. Não tendo havido problema, vá aumentando a cada semana um passe até chegar ao seu limite ideal. Apesar desta resposta, seria necessária uma abordagem mais ampla para que pudéssemos entender o motivo de tantos cuidados com a aplicação do passe.

Após a doação, ocorrendo fraqueza, como recuperar as energias?

Sendo fraqueza detectada ainda no ambiente onde houve a aplicação do passe, solicite a um outro passista que lhe aplique passes dispersivos. Havendo água fluidificada, beba um pouco. No caso da fraqueza surgir no dia seguinte, evite desgastes físicos desnecessários, alimente-se de maneira mais leve que o habitual, se possível caminhe (não se trata de caminhada como exercício físico e sim como um passeio) em algum lugar onde respire ar puro e, não sendo portador de diabetes, tome água de coco. Não estamos falando das implicações e necessidades espirituais, porque acreditamos que todos sabemos do conveniente e necessário uso da oração e da conexão com o mundo espiritual superior.

O que é o “sopro” ou “insuflação quente”? E o que é a “insuflação fria”?

São as técnicas em que se usam as doações fluídico-magnéticas pelo sopro. A insuflação quente tem por característica ser extremamente ativante, enquanto que a fria normalmente é calmante e dispersiva. Em termos de aplicação, a fria é procedida como quem sopra uma vela, enquanto a quente é como um “bafo”. Não se entenda, entretanto, que basta soprar para se fazer insuflação. É necessário que se tenha a disposição de exteriorização fluídica pelas vias superiores.

No passe magnético, existe realmente a relação recepção/doação através das mãos esquerda e direita?

Isto é muito comentado pela chamada escola dos polaristas. Ocorre que nem mesmo os polaristas são concordantes entre si. Por sua vez, a prática demonstra não haver maior significado na inversão das mãos, tanto é que, particularmente, nunca vi em nenhum Centro Espírita algum passista, antes de iniciar sua tarefa, perguntar se os pacientes são canhotos ou destros.

Como você compara a dieta vegetariana com a carnívora para um médium passista?

Tudo leva a crer que o vegetariano leva vantagens. Mas lembramos que, em tudo, a virtude está no meio. Se em O Livro dos Espíritos, no Novo Testamento e numa entrevista de Chico Xavier encontramos informações que não condenam definitivamente a carne, não seremos nós que o faremos. Ainda assim, não podemos concordar com o excesso de alimentação, seja vegetariana ou não. Portanto, não creio que o vegetariano, só por isso, seja melhor que o carnívoro, apesar das vantagens que ele tenha, já que todos sabemos dos inconvenientes decorrentes da dificuldade de digestão da carne animal. Um exemplo: É melhor comer um bife com moderação do que jantar meio quilo de alface, vinte tomates, quarenta cebolas e, de sobremesa, duas melancias.

Existe uma correlação tempo/efeito nos passes tipo magnético e espiritual?

Existe correlação tempo/efeito. Existe correlação passe magnético e espiritual. O tempo e o efeito tanto dependem das técnicas quanto dos passistas e dos pacientes. Os passes espirituais, a rigor, não carecem de técnicas, mas as técnicas, se bem conhecidas e aplicadas, em nada prejudicam, ao contrário, só contribuem favoravelmente. Os passes magnéticos, estes sim, precisam de conhecimentos e experiências para se alcançar uma melhor correlação tempo/efeito.

sexta-feira, 18 de março de 2011

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA



O NOVO LIVRO DE DIVALDO FRANCO FALA DE TSUNAMI E EXTRATERRENOS.

Vive-se, na terra, o momento da grande transição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração.
( ... )
Sendo o ser humano um espírito em processo de crescimento intelecto-moral, atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto, logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição...
( ... )
As criaturas ( ... ) que assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada ( ... ) mantendo conduta egoísta, tripudiando sobre as aflições do próximo ( ... ) não disporão de meios de permanecer na terra, sendo exiladas para mundos inferiores.
( ... )
Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade.
( ... )
Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente.
( ... )
Contribuindo na grande obra de regeneração da humanidade, espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, a fim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o establecimento do Reino de Deus nos corações...
Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta sofrido, a fim de contribuir com as mudanças que devem operar-se...
( ... )
O bem não se detém ante qualquer tipo de fronteira, limite, preconceito, porque é emanação divina para a edificação da vida.
( ... )
( ... ) Aproximadamente, quinhentos obreiros retornarão ao planeta para a preparação da nova era, abrindo espaço para as reencarnações em massa dos migrantes de uma das estrelas da constelação das Plêiades, na tarefa sublime de ajudar a terra a alcançar o patamar de mundo de regeneração.
É certo que outras equipes já nos haviam precedido para esse mister...
( ... )
Participaríamos de atividades de selecionamento de casais para receber como filhos os visitantes de mais além...
( ... )
Soava o momento de intensificar o intercâmbio entre os terrícolas e os visitantes de Alcíone...
( ... )
( ... ) nosso mentor falou-lhes: " Em todas as situações, recordai-vos que sois hóspedes do planeta em transição, convidados a torná-lo um paraíso, após as tormentas contínuas que o sacudirão".
" Viestes de outra dimensão para contribuir com o libertador de consciências terrestres e aceitastes a incubência de cooperar na construção da era da paz e do amor"
" Triunfareis, se permanecerdes fiéis ao amor e à fraternidade, abertos à compaixão e à misericórdia."
( ... )
" Tereis que entender os agressores que nunca procuram compreender o outro e sempre se acreditam com a razão..."
( ... )
" Sede bem-vindos à terra ! Houve um silêncio feito de alegria e esperança ( ... ) os visitantes de bela aparência e portadores de sabedoria, rumaram na direção dos destinos que os aguardavam..."
Extraído do livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA de Divaldo Franco/ Manoel Philomeno de Miranda - Editora LEAL e adaptado por José Matos - Brasília

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

NOTA DE ESCLARECIMENTO-FEB

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Tendo em vista inúmeras manifestações recebidas relacionadas com o anúncio de homenagens que se pretende prestar ao Espiritismo e a Chico Xavier no carnaval carioca, que enfoca a importância da comunicação dos homens com o mundo espiritual, a Federação Espírita Brasileira - FEB informa que tomou conhecimento desse assunto quando da sua publicação, não sendo correta a interpretação de que tenha participado de prévio entendimento.

A FEB esclarece, também, que continua empenhada em promover a difusão da Doutrina Espírita, nos moldes e na forma compatível com os seus princípios doutrinários, com seriedade, dignidade e elevação espiritual.

A FEB esclarece, finalmente, que respeita o direito de todos os que, no uso de sua liberdade de ação, agem no mesmo sentido de colocar a mensagem consoladora e esclarecedora dos ensinos espíritas ao alcance e a serviço de todas as pessoas, onde elas se encontrem, orientando, todavia, para que esse trabalho seja sempre feito preservando os seus valores éticos e doutrinários.

Brasília, 18 de fevereiro de 2011.

Assessoria de Comunicação da FEB

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O blog e seus caminhos

lembram quando iniciamos a ideia do blog, e entao se levantaram aas diferentes opinoes sobre o alcançe limitado, sobre quem tinha acesso a internet e quem nao tinha, sobre que valor tinha, sobre para que servia, e lendo a noticia sobre que o blog num momento na vida de alguem levou algo que necessitava...me fez sentir feliz...nao participar da casa espirita sempre me é motivo de tristeza e nostalgia, mas se atraves de uma ideia a gente pode seguir doando algo que alguem necessita, isso faz bem..."Essa semana aqui em capital, Buenos aires, uma menina de tres anos caiu do terceiro andar de seu predio, ao contrario das expectativas, se salvou apenas com um braço quebrado, na hora que ela caiu passava de bicicleta uma jovem medica, que lhe prestou carinho e primeiros socorros, uma viatura policial passava no lugar e rapidamente chamou uma ambulancia, a mae da menina tinha deixado ela sozinha pra ir trabalhar..."
AS COISAS REALMENTE ESTAO NO SEU DEVIDO LUGAR NA HORA CERTA E PARA QUEM AS NECESSITA!
PAZ AMIGOS MIOS!!!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O LIVRO DOS MÉDIUNS - 150 ANOS

O Livro dos Médiuns em seus 150 anos

Vinícius Lousada (1) 

Na atualidade, não há compêndio de Espiritismo experimental mais oportuno que O Livro dos Médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores de autoria do mestre Allan Kardec. Vindo a lume nos dias iniciais de janeiro de 1861 e editado pelo Sr. Didier essa obra, segundo o Codificador (2), consistia no complemento de O Livro dos Espíritos, com o seu caráter científico. Mais tarde, Kardec vai considerá-la no rol das obras fundamentais do Espiritismo.

Ao seu tempo, podia ser adquirida na Livraria do Sr. Didier, tanto quanto, no escritório da Revista Espírita na passagem Saint-Anne, em Paris, em grande volume in-18, de 500 páginas. Em poucos meses do mesmo ano o livro teve uma segunda edição, com nova formatação e inteiramente revisada pelos Espíritos com numerosas observações valorosas de sua lavra, de tal forma que as palavras de Kardec manifestam que a obra era tanto deles quanto de seu autor (3).

Fico a imaginar a emoção, em 1861, de médiuns e dirigentes de grupos espíritas sérios ao encontrarem na produção kardequiana orientação segura para o desenvolvimento e direcionamento feliz da mediunidade, a serviço de uma compreensão mais profunda do mundo invisível porque iluminada pelos saberes produzidos na colaboração interexistencial entre o mestre lionês e os Espíritos Superiores, por sua vez, comandados pelo Espírito de Verdade.

Um guia seguro para lidar com a mediunidade

Não se trata somente de mais um livro, é uma obra indispensável no campo de estudos e meditações em torno da mediunidade para que o seu exercício se torne serviço ao semelhante, seja pela constatação veraz da imortalidade da alma e a identificação de nossa natureza espiritual, seja pelo diálogo criativo e moralizante com os sempre vivos, e ainda, pelo esclarecimento que se pode dar aos sofredores desencarnados, cuja infelicidade a que se atrelaram aguarda a terapêutica do Evangelho de Jesus no verbo fraterno dos reencarnados, sob os auspícios dos Benfeitores Espirituais.

Esse trabalho levado a bom termo por Allan Kardec é resultado de uma longa pesquisa experimental com Espíritos e médiuns, onde o cientista, aos estabelecer um método de experimentação em consonância com o objeto pesquisado – o mundo dos Espíritos e a filosofia ensinada pelos Imortais –, considera seus informadores espirituais não como reveladores pré-destinados, mas, como parceiros de estudos, cada qual contribuindo relativamente em seu patamar evolutivo.

Em O Livro dos Médiuns o Codificador exitosamente esclarece tudo que era referente às manifestações espíritas físicas e intelectuais, em seu contexto histórico, de acordo com os Espíritos Superiores a fim de desenvolver uma teoria espírita explicativa dos fenômenos, os mais variados, produzidos pelos habitantes do Mais Além; como também, das condições de sua reprodução e controle metodológico.

No anúncio que faz da obra na Revue Spirite, destaca que “sobretudo a matéria relativa ao desenvolvimento e ao exercício da mediunidade mereceu de nossa parte uma atenção toda especial.” (4)

Desse modo, já nessa consideração do autor somos convidados a levar em conta que, sobretudo os espíritas, podemos recolher em seu conteúdo um norte para o desenvolvimento seguro da mediunidade (no sentido kardequiano é um processo educativo do médium), e para o uso saudável dessa pré-disposição orgânica, natural e radicada no Espírito em sua capacidade comunicativa, quando manifesta de forma ostensiva.

O leitor estudioso dessa obra nela encontra condições de compreender a fenomenologia que cerca a mediunidade que possa ser portador, os recursos teóricos para lidar com sucesso na vereda da convivência lúcida com os Espíritos e para o enfrentamento adequado de seus desafios e obstáculos que, ao serem encarados sem o devido conhecimento, geram decepções e tristes resultados como a obsessão ou o uso imoral da mediunidade.

Por outro lado, na formação do dirigente e/ou do “doutrinador” (evocador, como Kardec designava o responsável por dialogar com os Espíritos nas reuniões espíritas) a obra é igualmente de sumo valor para que levemos com retidão os diálogos sempre instrutivos que se pode obter com os desencarnados, sendo possível apresentar-lhes questões em prol do esclarecimento moral e intelectual de todos nós, para o que nos orienta Kardec (5).

Enfim, o espiritista convicto encontra nesse livro subsídio para entender melhor o Espiritismo, em sua complexidade, na medida em que a obra revela aspectos essenciais do caráter experimental da Doutrina dos Espíritos, não raramente desconsiderados.

Em prol da Moral e da Filosofia Espírita

Com o advento de O Livro dos Espíritos o Espiritismo abandonava seu período de curiosidade, caracterizado pela especulação nem sempre séria, em nível de entretimento em que eram colocados os fenômenos espíritas por muita gente, na Europa do século XIX, e adentrava seu período de observação ou filosófico no qual “O Espiritismo é aprofundado e se depura, tendendo à unidade de doutrina e constituindo-se em Ciência.” (6)

Kardec via o Espiritismo como uma Ciência Moral (7) e, ao escrever O Livro dos Médiuns, deixa um legado inolvidável e previa de antemão as críticas ciumentas ou personalistas que queriam fazer valer sistemas particulares para a condução das lides mediúnicas, ou ainda, na explicação exclusivista destas, sem a chancela do ensino coletivo dos Espíritos.

Ainda, o cientista do invisível dá uma razão de ser grave à fenomenologia mediúnica para que se recolha com os Espíritos ensinamentos sérios e úteis à nossa felicidade na vida espiritual, evitando-se o desvio do fim providencial da mediunidade nas práticas espíritas.

Respondendo aos seus críticos que talvez supusessem desnecessária a severidade de princípios e conselho obtidos nessa obra, sem querer fundar escola, mas, propagar o direcionamento dado pelos Espíritos Superiores à mediunidade no Espiritismo, Kardec coloca na fachada principal dessa proposta o seu caráter moral e filosófico, sobretudo, em prol dos que se percebem necessitados das esperanças e consolações que podem haurir na Doutrina e nos resultados da atividade mediúnica sob a orientação maior de Jesus.

Nesse ano de comemorações do sesquicentenário de O Livro dos Médiuns procuremos estudar com profunda gratidão, no plano individual e coletivo, esse livro essencial no campo da mediunidade com Jesus e Kardec.

Estudando Kardec

“Nós mesmos pudemos constatar, em nossas excursões, a influência salutar que esta obra exerceu sobre a direção dos estudos espíritas práticos; assim, as decepções e mistificações são muito menos numerosas do que outrora, porque ela ensinou os meios de frustrar as artimanhas dos Espíritos enganadores.” (8)

____________
(1) Pedagogo, palestrante e escritor espírita. E-mail: vlousada@hotmail.com.
(2) KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. Ano IV. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2006, pág. 22.
(3) Idem, pág. 518.
(4) Idem.
(5) KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. 71. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2003, Cap. XXVI.
(6) KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. Ano I. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2005, pág. 369.
(7) LOUSADA, Vinícius. Em busca da sabedoria. Porto Alegre: Editora Francisco Spinelli, 2010, p. 104.
(8) KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. Ano IV. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2006, pág. 517.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

OBRA Á VENDA NA BIBLIOTECA DA CASA

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA - O NOVO LIVRO DE DIVALDO FRANCO FALA DE TSUNAMI E EXTRATERRENOS.

Vive-se, na terra, o momento da grande transição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração.
( ... )
Sendo o ser humano um espírito em processo de crescimento intelecto-moral, atravessa diferentes níveis nos quais estagia, a fim de desenvolver o instinto, logo depois a inteligência, a consciência, rumando para a intuição...
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As criaturas ( ... ) que assinalarem a existência pela criminalidade conhecida ou ignorada ( ... ) mantendo conduta egoísta, tripudiando sobre as aflições do próximo ( ... ) não disporão de meios de permanecer na terra, sendo exiladas para mundos inferiores.
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Desse modo, as grandes calamidades de uma ou de outra procedência têm por finalidade convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade.
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Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que todos temos necessidade urgente.
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Contribuindo na grande obra de regeneração da humanidade, espíritos de outra dimensão estão mergulhando nas sombras terrestres, a fim de que, ao lado dos nobres missionários do amor e da caridade, da inteligência e do sentimento, que protegem os seres terrestres, possam modificar as paisagens aflitivas, facultando o establecimento do Reino de Deus nos corações...
Equipes de apóstolos da caridade no plano espiritual também descem ao planeta sofrido, a fim de contribuir com as mudanças que devem operar-se...
( ... )
O bem não se detém ante qualquer tipo de fronteira, limite, preconceito, porque é emanação divina para a edificação da vida.
( ... )
( ... ) Aproximadamente, quinhentos obreiros retornarão ao planeta para a preparação da nova era, abrindo espaço para as reencarnações em massa dos migrantes de uma das estrelas da constelação das Plêiades, na tarefa sublime de ajudar a terra a alcançar o patamar de mundo de regeneração.
É certo que outras equipes já nos haviam precedido para esse mister...
( ... )
Participaríamos de atividades de selecionamento de casais para receber como filhos os visitantes de mais além...
( ... )
Soava o momento de intensificar o intercâmbio entre os terrícolas e os visitantes de Alcíone...
( ... )
( ... ) nosso mentor falou-lhes: " Em todas as situações, recordai-vos que sois hóspedes do planeta em transição, convidados a torná-lo um paraíso, após as tormentas contínuas que o sacudirão".
" Viestes de outra dimensão para contribuir com o libertador de consciências terrestres e aceitastes a incubência de cooperar na construção da era da paz e do amor"
" Triunfareis, se permanecerdes fiéis ao amor e à fraternidade, abertos à compaixão e à misericórdia."
( ... )
" Tereis que entender os agressores que nunca procuram compreender o outro e sempre se acreditam com a razão..."
( ... )
" Sede bem-vindos à terra ! Houve um silêncio feito de alegria e esperança ( ... ) os visitantes de bela aparência e portadores de sabedoria, rumaram na direção dos destinos que os aguardavam..."
Extraído do livro TRANSIÇÃO PLANETÁRIA de Divaldo Franco/ Manoel Filomeno - Editora LEAL e adaptado por José Matos - Brasília - DF - 10.10.2010

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Aparências
Não acuse o irmão que parece mais abastado. Talvez seja simples escravo de compromissos.Não condene o companheiro guindado à autoridade. É provável seja ele mero devedor da multidão. Não inveje aquele que administra, enquanto você obedece. Muitas vezes, é um torturado. Não menospreze o colega conduzido a maior destaque. A responsabilidade que lhe pesa nos ombros pode ser um tormento incessante. Não censure a mulher que se apresenta suntuosamente. O luxo, provavelmente, lhe constitui amarga provação. Não critique as pessoas gentis que parecem insinceras, à primeira vista. Possivelmente, estarão evitando enormes crimes ou grandes desânimos. Não se agaste com o amigo mal-humorado. Você não lhe conhece todas as dificuldades íntimas. Não se aborreça com a pessoa de conversação ainda fútil. Você também era assim quando lhe faltava experiência. Não murmure contra os jovens menos responsáveis. Ajude-os, quanto estiver ao seu alcance, recordando que você já foi leviano para muita gente.Não seja intolerante em situação alguma. O relógio bate, incessante, e você será surpreendido por inúmeros problemas difíceis em seu caminho e no caminho daqueles que você ama.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã.
Ditado pelo Espírito André Luiz.
Edição de Bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

E os outross??

Hoje quando despertaste automaticamente te perdoou a ti mesmo teus erros de até ontem...
Sim porque sigues a vida vai trabalhar, desajuna, talvez repitas os mesmos erros de ontem de uma semana atras, de um ano atras, talvez de anos...
mas sim quando começamos o dia nos damos a oportunidade de reiniciar a luta...
Mas e aquelas pessoas que te fizeram algo, se equivocaram , se passam por ti hoje...que olhar vai dirigir a ela...
de odio, impaciencia, incompreensao , ou tambem a essa pessoa vais dar uma nova oportunidade...SIM a mesma oportunidade que a vida te dá todos os dias...
SIM é facil aceitar o que nos presenteia diariamente nosso amado senhor, nosso pai querido, nosso DEUS...mas e os outros???

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

“O Espiritismo é uma Doutrina que deve ser levada a todos”

Fonte: O Consolador-www.oconsolador.com.br

Entrevista

Ano 4 - N° 190 - 2 de Janeiro de 2011

ORSON PETER CARRARA
orsonpeter@yahoo.com.br
Matão, São Paulo (Brasil)

Paulo Henrique Corrêa Brum:

“O Espiritismo é uma Doutrina que deve ser levada a todos”

Os espíritas da cidade gaúcha de Uruguaiana vivem uma interessante experiência em que argentinos, uruguaios e brasileiros estudam em conjunto o Espiritismo


Paulo Henrique Corrêa Brum (foto), nosso entrevistado desta semana, é graduado em Marketing e MBA em Negócios, consultor de empresas e professor. Espírita há 15 anos e coordenador do Departamento de Comunicação Social Espírita da União Municipal Espírita de Uruguaiana, reúne uma experiência interessante que merece ser conhecida, pois revela a diversidade de experiências que se verificam num país continental como o Brasil.

O Consolador: Situe Uruguaiana para os leitores, focalizando o aspecto demográfico, cultural, econômico e outros dados que julgar interessantes.

Cidade de fronteira, localizada em ponto estratégico para o Brasil, principal corredor do MERCOSUL e maior porto seco da América Latina, Uruguaiana tem como geração principal de renda o setor de serviços e a agricultura, em que também detém a maior lavoura de arroz irrigado do continente americano. Atualmente conta com 130.000 mil habitantes. Faz fronteira com a cidade argentina de Passo de Los Libres e fica a 70 km da fronteira com o Uruguai.

O Consolador: Como é o movimento espírita da cidade?

Digamos que o movimento é muito ativo. A UME Uruguaiana cobre dois municípios vizinhos também fronteiriços. Em Uruguaiana temos 11 casas espíritas e na área de atuação da UME mais 5 casas, totalizando 16. Temos um periódico de circulação bimestral, um blog e dois programas radiofônicos semanais (um no Brasil e outro na Argentina) e emitimos notas e matérias com frequência para os veículos de mídia local, inclusive a RBS TV, afiliada local da Rede Globo.

O Consolador: Uruguaios e argentinos participam das atividades espíritas em Uruguaiana?

Temos estudantes e trabalhadores frequentando as casas espíritas de nossa cidade vindos de Paso de Los Libres, Argentina, inclusive realizando exposições doutrinárias. Na cidade de Quaraí (RS), a Sociedade Espírita Eduardo Chapot Prevost trabalha em conjunto com a Sociedade Espírita “Nostro Hogar”, situada em Artigas, Uruguai, formando o Movimento Espírita Quaraí/Artigas.

O Consolador: Quais são as cidades desses países mais próximas de vocês? Lá existem instituições espíritas?

As cidades mais próximas são Paso de Los Libres na Argentina e Artigas no Uruguai. Paso de los Libres possui um grupo de estudos, “Caminando con Jesus”, e o programa de rádio todas as quartas-feiras, às 21 horas, com a participação de irmãos argentinos e brasileiros. Os eventos realizados em Uruguaiana e demais cidades vizinhas que compõem a 7ª Região Espírita do Rio Grande do Sul são também frequentados pelos irmãos dos países vizinhos.

O Consolador: A cultura espírita brasileira exerce influência nessas cidades? De que forma?

Tendo em vista a proximidade das cidades e o reduzido número de Centros Espíritas no exterior, é grande o número de frequentadores dos países vizinhos nos grupos de estudos, exposições doutrinárias e eventos espíritas em geral, inclusive com apoio na organização e planejamento de eventos regionais. Procuramos, sempre que um expositor vem às cidades que compõem a nossa região, realizar também trabalhos nas cidades dos países vizinhos como forma de integração e divulgação da Doutrina Espírita.

O Consolador: A diferença de hábitos, costumes e cultura chega a exercer algum tipo de influência?

Tanto na Argentina quanto no Uruguai a divulgação da Doutrina Espírita ainda é tímida. Existe grande desconhecimento sobre o que é o Espiritismo, seu tríplice aspecto, seus ensinamentos fundamentais e suas práticas, o que leva as pessoas a confundi-lo muitas vezes com outras religiões que possuem rituais ou outras formas de culto exterior.

O Consolador: A obras espíritas são bem divulgadas nessas cidades próximas? Eles leem as edições em português ou as traduzidas para o espanhol?

Os irmãos dos países vizinhos que frequentam as casas espíritas e eventos no Brasil realizam leitura de obras em espanhol e em português. A FEB também disponibiliza panfletos “Conheça o Espiritismo” em espanhol, e diversos autores já possuem obras traduzidas que são comercializadas em nossas livrarias e eventos públicos. A maioria das livrarias dos centros espíritas de Uruguaiana possui livros em espanhol para empréstimo e comercialização.

O Consolador: Que avaliação você faz da experiência peculiar de vocês, em termos de expansão do pensamento espírita em seu Estado?

A experiência das casas espíritas que fazem fronteira com outros países faz com que sintamos a responsabilidade pela divulgação e difusão do Espiritismo, não apenas em nossas cidades, mas trazendo à integração esses irmãos que estão em busca do conhecimento, uma vez que nos seus países isso é ainda limitado. Agimos então da mesma forma que a região da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, que participa ativamente das atividades federativas e de desenvolvimento do movimento espírita regional, alinhados com o pensamento kardequiano.

O Consolador: Suas palavras finais.

"Divulgar os ensinamentos espíritas ao público que voluntariamente procura a Casa Espírita é tarefa nobre, mas ir ao encontro daqueles que ainda não conhecem a Doutrina é tarefa fundamental." O Espiritismo é uma Doutrina que deve ser levada a todos. Ide e pregai, já nos recomenda O Evangelho segundo o Espiritismo. Seguimos agradecidos pela gloriosa tarefa e oportunidade que nos foi concedida, ou seja, divulgar além das fronteiras do nosso país a Doutrina Espírita, levando a mais irmãos palavras de consolação, fraternidade, de esperança e de paz.